Projeto da Arena Multiuso Pantanal recebe prêmio de arquitetura em Londres
Comprometido com a sustentabilidade, com a responsabilidade socioambiental e com a requalificação urbana de Cuiabá, assim foi descrito o projeto arquitetônico da Arena Pantanal em um artigo publicado na edição de dezembro da revista Hábitat Sustentable, publicação científica chilena da Universidad del Bío-Bío que é referência em construções sustentáveis na América Latina.
O texto é assinado pelo arquiteto e urbanista Rodrigo Tóffano, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Edificações e Ambiental (PPGEEA) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e o Prof. Dr. José Manoel Henriques de Jesus, que foi o seu orientador na dissertação de mestrado sobre a Arena Pantanal, pesquisa que foi noticiada no site da Secopa em março de 2013.
“Depois de alguns meses de espera o nosso artigo foi publicado nessa importante revista latino-americana e passa a ser ainda mais expressivo porque o primeiro jogo da Copa do Mundo em Cuiabá terá o Chile, seleção que enfrentará a Austrália no dia 13 de junho”, comemorou Tóffano.
Intitulado “Copa 2014 - diretrizes de sustentabilidade na concepção do projeto do novo verdão, a Arena Pantanal, em Cuiabá-MT", o artigo faz uma análise de dez ações de sustentabilidade empregadas no estádio: ambiente urbano e paisagístico; transportes; racionalização da água; conservação e reuso da água; fontes renováveis de energia; demanda minimizada de energia; materiais ecológicos; resíduos e reciclagem; conforto ambiental passivo; e conforto ambiental ativo.
Entre os pontos observados, destacam-se a economia de cerca de 40% do consumo de água em comparação com uma edificação semelhante, redução de 20% do consumo energético, reaproveitamento de 24 mil m³ de concreto e alvenarias do estádio demolido e o uso de madeiras e tijolos cerâmicos certificados.
“Elenco como positivos também a busca pelo melhor aproveitamento da iluminação natural e da ventilação cruzada, que favorecem a eficiência energética, a concepção da forma arquitetônica mais arejada e permeável, a criação de microclimas com vegetação, a utilização de espelhos de água e, ainda, o posicionamento da edificação e do campo, protegidos da insolação mais forte em razão de uma envoltória com brises metálicos associada a uma membrada vazada com tratamento termoacústico”, comentou o arquiteto e urbanista.
Concorrendo com prédios como aeroportos e outros estádios do continente americano, o projeto do arquiteto Sérgio Coelho levou o America´s Property Awards, na categoria empreendimentos públicos. A premiação será entregue no próximo dia 27/11, em Londres.
Na ocasião será anunciado o vencedor global do prêmio realizado pela Bloomberg Television. O projeto de Cuiabá vai concorrer com empreendimentos da África, América, Europa, Ásia e Oriente Médio. “Estou nervoso: na China e no Oriente Médio tem projetos incríveis”, afirmou Coelho.
Ele atribui o reconhecimento internacional ao conceito de sustentabilidade do estádio que engloba desde o modo de fazer, com reaproveitamento do material e recursos naturais utilizados, até o conceito “multiuso” da arena.
“Nenhum estádio do mundo hoje pensa no retorno vindo do futebol. O Brasil é atrasado quando a isso. Nosso diferencial é que pensamos as soluções para todos esses problemas durante um ano e meio”, ressaltou Coelho.
A proposta do arquiteto inclui a possibilidade de o prédio abrigar um centro de convenções dentro dos mais de 6 mil metros quadrados que sobrarão com a flexibilização das arquibancadas. O projeto permite a redução da capacidade de 43 mil para 27 mil lugares.
Na ocasião será anunciado o vencedor global do prêmio realizado pela Bloomberg Television. O projeto de Cuiabá vai concorrer com empreendimentos da África, América, Europa, Ásia e Oriente Médio. “Estou nervoso: na China e no Oriente Médio tem projetos incríveis”, afirmou Coelho.
Ele atribui o reconhecimento internacional ao conceito de sustentabilidade do estádio que engloba desde o modo de fazer, com reaproveitamento do material e recursos naturais utilizados, até o conceito “multiuso” da arena.
“Nenhum estádio do mundo hoje pensa no retorno vindo do futebol. O Brasil é atrasado quando a isso. Nosso diferencial é que pensamos as soluções para todos esses problemas durante um ano e meio”, ressaltou Coelho.
A proposta do arquiteto inclui a possibilidade de o prédio abrigar um centro de convenções dentro dos mais de 6 mil metros quadrados que sobrarão com a flexibilização das arquibancadas. O projeto permite a redução da capacidade de 43 mil para 27 mil lugares.
Projeto da GCP Arquitetos ainda concorre na categoria mundial do prêmio
Crédito: Divulgação - GCP Arquitetos
Crédito: Divulgação - GCP Arquitetos
Com vários diferenciais pensados desde o início do projeto, a Arena Multiuso Pantanal, que está sendo construída para o Mundial de 2014, em Cuiabá, virou um ‘papa-prêmio’ no ramo de arquitetura.Outro diferencial proposto por Sérgio é a possibilidade de o estádio abrigar eventos de motocrossos, muito comuns em Mato Grosso. O atual campeão – e tetracampeão – brasileiro de motocrossos estilo livre (FMX) é o mato-grossense Gilmar Flores, o Joaninha.
O centro de convenções ficaria no chamado nível zero, mesmo do gramado, enquanto os níveis 20 e 30, onde ficarão os camarotes, seriam aproveitados para sala de reuniões. Como estes têm ligação e acesso direto ao gramado, Sérgio vislumbra até mesmo uma feira de agronegócios com exposições de máquinas e equipamentos no campo. “Isso é perfeitamente fácil de fazer”.
Futuramente, ele acredita que no local poderão funcionar faculdades de esportes e academias. “O mais interessante é que o projeto tem personalidade própria, seja no design, seja no conceito de uso. Admiro os outros projetos como o do Castelão e do Mineirão, mas são reformas em cima do que já existe. O nosso é um conceito novo, do zero”, disse Coelho.
A previsão é que o estádio fique pronto em dezembro de 2012 e receba os jogos da Copa das Confederações. O projeto é da GCP Arquitetos em parceria com o Grupo Stadia.
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